GH3 - Sexo para adultos da terceira idade

Sexo e Envelhecimento: Desafios e Possibilidades

O tema da sexualidade na terceira idade é um assunto frequentemente negligenciado na literatura médica, embora seja de grande relevância para todos nós. A diminuição da função sexual, frequentemente associada ao envelhecimento, abrange questões fisiológicas como impotência e frigidez, além de refletir mudanças nas dinâmicas emocionais. Essas questões podem ser especialmente significativas para idosos, que muitas vezes enfrentam desafios não só físicos, mas também psicológicos.

A prática da Macrobiótica busca preservar a saúde e o bem-estar ao longo da vida, assegurando uma vida plena, sem doenças graves e com uma função física ideal. Embora a morte seja uma parte inevitável do ciclo da vida, o foco deve estar na prevenção de doenças crônicas que comprometem a qualidade de vida e a capacidade funcional, tornando-nos dependentes dos outros. As funções dos órgãos e sistemas estão programadas para seguir um ciclo biológico natural, sendo as causas externas, como doenças e hábitos prejudiciais, que geram a desarmonia no organismo e aceleram o envelhecimento.

Condições como aterosclerose, problemas prostáticos, efeitos de medicamentos e toxinas são fatores frequentemente associados a distúrbios na função sexual, afetando a dinâmica do desejo e a capacidade de resposta do corpo. Essas mudanças podem afetar profundamente a saúde psicológica do indivíduo, tornando o assunto ainda mais relevante, pois afeta diretamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional.

De acordo com Edwin Flatto, médico e autor de Super Potency, o ser humano foi dotado com a capacidade de manter uma vida sexual ativa por toda a sua existência, como ilustra o exemplo de Adão, que viveu 930 anos e teve filhos durante todo esse período. A impotência precoce, um fenômeno mais prevalente na sociedade moderna, é muitas vezes vista de forma negativa, especialmente em uma cultura que valoriza juventude, vitalidade e vigor. Contudo, é importante reconhecer que a sexualidade permanece funcional até idades avançadas, com adaptações naturais ao envelhecimento.

O processo de ereção, por exemplo, continua sendo uma função reflexa, induzida por estímulos físicos e eróticos. No entanto, com a idade, o tempo necessário para atingir a ereção aumenta e o número de ereções espontâneas diminui. Mesmo assim, a secreção de esperma continua presente até a oitava década de vida, demonstrando que, apesar das mudanças naturais, a função sexual permanece em muitos casos.

A Impotência: Definição e Causas

Impotência é definida pela dificuldade ou incapacidade de manter uma ereção suficiente para a relação sexual, mas não deve ser confundida com esterilidade, que é a incapacidade de ter filhos. A impotência pode ser total, temporária, incompleta ou parcial e, na maioria das vezes, é transitória. Fatores como febre, estresse, ansiedade, cansaço, consumo excessivo de álcool ou tabaco, medicamentos e até mesmo sedativos e anti-histamínicos podem ser a causa de episódios temporários de impotência.

É comum que homens passem por períodos em que enfrentam dificuldades para manter a ereção, mas isso não necessariamente indica um problema crônico. A compreensão e apoio do parceiro são cruciais durante esses episódios. Um exemplo disso é o caso de um engenheiro de 34 anos, que enfrentou um episódio de impotência temporária devido ao estresse. Sua parceira não compreendeu a situação, o que levou a uma queda emocional e a um agravamento do problema. Depois de aconselhamentos, ele acabou resolvendo a situação, separando-se de sua parceira e restaurando sua saúde emocional e física.

Estudos sugerem que entre 15-20% dos homens enfrentam diferentes graus de impotência, com a incidência aumentando à medida que envelhecem. Aos 60 anos, cerca de 30-35% dos homens apresentam algum grau de disfunção sexual, enquanto aos 80 anos, esse número pode chegar a 40-50%. A maioria dos casos de impotência é de origem psíquica, conforme afirmou Sigmund Freud, e pode ser tratada com apoio emocional e psicológico.

Além das causas psicológicas, doenças como diabetes, obesidade, hipertensão, arteriosclerose e problemas prostáticos são frequentemente associadas à impotência. Indivíduos que sofrem de tais condições apresentam uma taxa mais alta de disfunção sexual. A arteriosclerose, por exemplo, afeta os vasos sanguíneos e prejudica a circulação sanguínea, o que é essencial para o funcionamento sexual. Do mesmo modo, a hipertensão e outras condições relacionadas ao sistema nervoso central e ao sistema circulatório podem contribuir para o problema.

Prevenção e Tratamento

A prevenção da impotência pode envolver mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e a eliminação de hábitos prejudiciais, como o consumo excessivo de álcool e tabaco. O cuidado com a próstata também é fundamental, sendo recomendada a realização de check-ups regulares após os 40 anos de idade. Além disso, exercícios específicos, como a contração dos músculos das nádegas, podem ajudar a melhorar a função prostática e, consequentemente, a função sexual.

Medicamentos, como sedativos, antidepressivos e anti-hipertensivos, podem ter efeitos adversos na função sexual, tornando importante a conscientização sobre os possíveis impactos desses remédios. A combinação de medicamentos e o uso excessivo de substâncias como álcool e tabaco pode agravar os problemas de ereção. O álcool, em pequenas doses, pode até estimular a libido, mas em grandes quantidades prejudica a função sexual, ao reduzir a qualidade da ereção e facilitar a ejaculação precoce.

O tratamento da impotência envolve, em muitos casos, a resolução das condições subjacentes, como diabetes, hipertensão e doenças da próstata. Além disso, terapias alternativas, como psicoterapia, acupuntura e biofeedback, têm se mostrado eficazes, especialmente quando a causa do problema é psíquica. Homens com impotência também podem se beneficiar do apoio de suas parceiras, já que a companhia de uma mulher compreensiva pode ter um impacto positivo na recuperação da função sexual.

Em relação ao uso de medicamentos para disfunção sexual, como o Viagra®, é importante ter cautela, especialmente em idosos, uma vez que esses tratamentos podem ter efeitos colaterais indesejados. Em casos mais graves, como disfunção sexual severa, intervenções como o implante peniano podem ser uma opção, mas também envolvem riscos e devem ser avaliadas com cuidado.

Referência: Mais informações sobre o tratamento e os benefícios do Gerovital H3® podem ser encontradas em querotudonatural.com.br.

O envelhecimento não precisa significar o fim da sexualidade e do prazer. Com as orientações adequadas, é possível manter uma vida sexual ativa e satisfatória por muitos anos, mantendo a saúde física e emocional em equilíbrio.